sábado, 14 de fevereiro de 2009

CINEMA NUNCA MAIS


Em 1982, o cineasta e pesquisador mineiro Doc, então com 35 anos, se encontra no Rio de Janeiro com dificuldades para realizar seu primeiro filme de longa-metragem, um docudrama sobre o fim das salas de cinema, quando recebe o chamado de seu colega Leon para retornar a Belo Horizonte e participar de uma passeata para tentar impedir o fechamento das salas. Pensando também na oportunidade de rever sua namorada Lolita, Doc embarca imediatamente no trem Vera Cruz rumo a Belo Horizonte.
O romance com Lolita se desfaz, Doc vê todos os seus planos irem por água abaixo, os cinemas fecham ou são destruídos e ele não consegue recursos para fazer seu filme. Diante desse quadro, tem um colapso nervoso que faz com que ele enlouqueça quando vê as ruínas do Cine Metrópole onde mais tarde iria se erguer o prédio de um grande banco.
Vinte e cinco anos depois Doc, agora com 60 anos, é despertado de um sonho profundo em um banco de praça por uma imagem angelical de mulher que sopra em seu ouvido canções inspiradoras e o desejo
de retomar a luta por um cinema independente e autoral.
Através de seu antigo amigo Leon, ex hippie que agora é executivo de uma grande mineradora, Doc entra em contato com um poderoso produtor boliviano chamado Fernandez que lhe promete financiar os seus projetos, desde que ele intermedie uma negociação com Emerich, ex chefe do Dip – Departamento de Imprensa e Propaganda -, que se encontra escondido na cidade de Tiradentes.
Confiando plenamente nas propostas de Fernandez, Doc cumpre fielmente as suas determinações. Ele estava sendo seguido de perto por uma figura misteriosa que hora atendia pelo nome de Alan, hora pelo nome de Edgard. Edgard/Alan é um capanga de Emerich com alma de poeta que pensa em dar o grande golpe para fugir para Portugal, terra de Fernando Pessoa e de onde veio sua família. Só que Alan/Edgard não imagina que Emerich e Fernandez são sócios em um grande negócio escuso no qual o cinema é fachada e Doc e ele estão sendo usados como bodes expiatórios. Fernandez e Emerich se utilizam também da bela Ava e suas parceiras Sophia e Greta para distrair Doc e atrair Edgard/Alan para a isca: a mira de Flaherty, sofisticado assassino profissional especializado em queima de arquivo que o matará e deixará Doc em situação de suspeito número um.
Traído por todos, jogado na rua da amargura, diante de Grande Otelo como Macunaíma, Doc proclama sua obstinação: “Não vou desistir, eles vão ter que me engolir. A mim e a meus filmes”.


Na foto acima, diretor e montador dão início aos trabalhos já no set de filmagem.
Fábio e Ricardo Miranda.

Agora, na rede, o Avant Trailer de CINEMA NUNCA MAIS, em fase de finalização
AVANT TRAILER 1

AVANT TRAILER 2
http://www.youtube.com/watch?v=8tdf4q1Wxyg&feature=related




Paulo Cesar Saraceni, grande presença no set de CINEMA NUNCA MAIS.